segunda-feira, 13 de maio de 2013

O lugar onde eu vivo


Por Kamilla Rezende -  2º A  Matutino 

O  lugar onde vivo, o amanhecer  é esplêndido, as misturas de cores quentes do nascer do sol transmitem o calor intenso de uma cidade aconchegante, fazendo com que o brilho dos olhos dos moradores representem a esperança de um futuro melhor.

 Muitas  pessoas honestas  aqui residem, pessoas oportunistas também,  afinal, toda cidade é constituída de coisas boas e ruins, mas a solidariedade é o foco desses cidadãos  que tornam essa terra cada vez mais amada.

 Ao chegar o fim da tarde, ouvimos o majestoso canto dos pássaros pela avenida, como se anunciassem o descanso depois de um cansativo dia.
Manhã agradável, tarde quente, noite serena e fresca com um céu deslumbrante e estrelas radiantes.
Caminhando pela rua, ainda é possível ver famílias e rodas de amigos  reunidos em frente de suas casas  jogando conversa fora como antigamente, muitos habitantes ainda preservam esse costume. 

Outros parecem  fazer questão de esquecer e acha que tudo isso é “coisa de gente velha”, mas, muito pelo contrário, é coisa de gente sábia, que sabe aproveitar  a presença de amigos e familiares, para tornar o fim de tarde mais agradável.

Mas, é assim mesmo, o  avanço da tecnologia do século XXI  trouxe suas vantagens e malefícios, e querendo ou não influencia a população, a exemplo da internet que aproxima quem está longe e distancia quem está perto .

Entretanto, é tão gratificante sentir a brisa suave tocando a pele, e ouvir o som harmônico vindo de algo tão esplêndido, a cachoeira... É tão sobrenatural e magnífico  que  tento procurar termos para descrever esse  presente da natureza para o lugar onde vivo, porém, não encontro, é algo indescritível. É como estar nas nuvens, uma queda tão intensa e ao mesmo tempo tão leve que e nos transmitente paz, cuja queda faz jus ao seu nome, Salto das Nuvens!

Assim é o lugar onde vivo,  nossos visitantes são recebidos e acolhidos logo na entrada da cidade pelo Cristo Redentor, imponente, de braços abertos para receber a todos. Este lugar é  Tangará da Serra, lugar onde tenho o privilégio de viver!

Crônica- Férias em família


Por  Kamilla Rezende -  2º A Matutino
 
Devemos admitir que depois de estudar e estressar-se com tarefas, provas e trabalhos merecemos uma recompensa e falem sério! Existe algo melhor para um estudante, que as sonhadas e merecidas férias? 
Dormir até tarde, comer pizza, lasanha, jogar vídeo game,  tomar tereré e tudo isso sem se preocupar com o horário? Mas, por outro lado, é o momento que, coincidentemente toda a família desfrutam do mesmo lazer e combinam de se reunir e se juntam,  pai, mãe, avó, tia, primo, outra tia e mais primos. Final de ano, todos se reúnem, os parentes vêm de longe, a casa fica cheia, menos aconchegante e é a partir daí que tudo começa.

É  nesse período que ocorre as disputas de natação no Rio Sepotuba, é só reunir todos os primos que a disputa começa, cada um querendo bancar o “César Cielo”. E a equipe técnica logo é formada: Papai é o juiz, titio, o salva-vidas, mamãe  a “mãe Diná”, prevendo que isso não vai acabar bem. Ah! Quase esqueço a vovó, ela é a única que nos dá um apoio moral.

E começa a disputa! Seu primo se achando o maioral começa a nadar cada vez mais rápido, você nada, nada e se dá conta que não saiu do lugar, quer coisa mais frustrante? Suas primas parecem estar fazendo  nado sincronizado, no mesmo ritmo lento, mas cheio de estilo! Mamãe toda preocupada diz: “Filha, nada só no rasinho! Penso comigo mesma, como vou nadar com a água batendo nas canelas? 

No máximo,  vou estar parecendo uma baleia encalhada, e de quebra  acabarei me afogando .
E o primo? Coitado foi se exibir e quase acabou descendo uma cachoeira,  sem contar a hipotermia  que sofreu depois. E mamãe vem com seu discurso: Eu avisei!

 Já irritada, neste momento mamãe pega a vara de pescar, e fico a me perguntar se ela  vai me bater ou me fazer de isca. De acordo com o ditado popular, dizem quem está nervoso deve ir pescar, pois é, acho que é uma indireta para meus pais, mas. Ocorre que até os peixes estão correndo de medo deles.
Cansada de tanta  confusão, toda emocionada observando a paisagem ao meu redor, resolvo pescar. Coloco a isca no anzol, parto para um cantinho onde prevejo que estarei em paz, inicio a pescaria, de repente sinto uma fisgada, fico ansiosa,  penso entusiasmada, é dos grandes! Realmente... Era dos grandes,  mas, não era um peixe, era um galho de árvore. Me conformo, pois  pelo menos desta vez não foi uma sacola plástica, garrafa pet ou lata de cerveja, pois ultimamente, em vez de peixe são essas espécies nada comestíveis que pescamos e encontramos nos rios.

Finalmente é hora de ir embora! Recolhemos tudo e retornamos, chegando em casa e tomamos um susto ao nos vermos no espelho, parecia que em vez de assarem o peru no natal assaram a gente, todos exageradamente bronzeados, cheios de areia , cabelo “ Tchûnai”, e com uma caixa acústica dentro do ouvido. A primeira coisa é enfrentar a fila do banheiro e se fosse possível tomar banho com soda cáustica, vai saber o que seus primos e toda aquela galera fez naquela água?

 Depois de tudo isso, hora do “rango” e quem não gosta daquela comida de domingo na casa da vovó?  Se coração de mãe sempre cabe mais um, de avó então, cabe mais cem! Fato comprovado, convidamos dez pessoas e aparecem vinte. O almoço vira lanche da tarde, que vira janta, é tanta comida que ficamos três dias comendo a mesma coisa para não desperdiçar  nada. Mas, o mais engraçado é ver seus tios bêbados dançando “lambadão cuiabano” ou até mesmo  "Gangnam style". Mas, enfim, são esses momentos engraçados e preciosos em família que não poderiam faltar  nas férias e que nos dão um ânimo para voltar às aulas, cheio de novidades! Família, é e sempre será a célula da sociedade! Já dizia Fernando Sabino em sua crônica.

Crônica - Família


Por Érica Miranda -   1º A Matutino

Você pensa que  vida   de adolescente é fácil?Lamento informar, mas não! Nem um pouquinho!
Em plena manhã de um lindo domingo, único dia de seu descanso, após uma semana repleta de aulas, trabalhos e provas; sua mãe resolve acordar 6:00 horas como se estivesse em uma escola de samba , liga o som na maior volume , começa a batucar as panelas , abre todas as portas  e janelas da casa e começa a cantar e a dançar . E você ali, tentando dormir, ter um pouquinho mais de paz.

De repente, seu pai também resolve  acordar com toda aquela disposição para lavar o carro, e como se já não bastasse sua mãe batucando as panelas quase   dentro de meu quarto meu pai resolve ligar Amado Batista para tocar e os dois decidem cantar! Até aí já fica impossível dormir com uma dupla cantando desafinadamente em casa.

Você levanta irritada, vai ao banheiro para escovar os dentes e quando sai , está sua irmã, irmão, cunhada, cunhado, sobrinhos, tio, tia em fim, toda a família dentro de casa. Seu pai assando carne para um lado, as crianças acabando com o quartinho onde ficam os brinquedos, sua irmã mexendo em todas as suas roupas e maquiagens para pegar emprestado e o teu irmão bisbilhotando  teu celular para ver se não tem mensagens de garotos! Não é fácil conviver com tudo isso! Mas, fazer o quê? 

Afinal é a sua família, e no fundo, meu bem mais precioso!

sábado, 4 de maio de 2013

Crônica - Patologias


Por: Heloíza Freitas – 1º Ano A
 
 O lugar onde eu moro tem ruas, esquinas, casas com pessoas, pessoas que brigam, cachorros  que correm atrás dos carros. O lugar onde eu vivo tem crianças nas ruas correndo atrás de bolas, pipas ou fugindo de seus pais  quando brigam. Essas crianças dobram as esquinas e chegam à outra rua.
As ruas aqui são muito diferentes umas das outras. É como se viajássemos para outro lugar. Vez por outra, encontramos as mesmas pessoas em ruas diferentes e elas são as mesmas, mas, diferentes. Se em uma rua elas têm problemas, noutra são felizes. O lugar onde  vivo também tem tiros, assaltos,  pessoas nas ruas sem casas para morar,  gente com fome, mas,  aonde não tem?
Por isso, digo que o lugar onde eu vivo é o lugar onde as pessoas pensam que eu vivo. Na verdade, vivo escondida, protegida das pessoas com seus problemas, suas brigas. Escondida,  protejo-me dos choros das crianças, de seus gemidos, da pobreza e também da riqueza de muitos que não enxergam a pobreza.
O lugar onde eu vivo, está dentro de mim. Minha imaginação que não quer ocultar as patologias sociais.

Artigo de opinião - Riqueza financeira ou natural: Qual vale mais?


Por: Karina Norbach
 
Tangará da Serra é uma das cidades mais belas e desenvolvidas do médio norte. Segundo o IBGE, conta com aproximadamente 83.431 mil habitantes (2011) e é conhecida por suas belezas naturais e pontos turísticos, que encantam moradores e visitantes de todo o Brasil.
Minha cidade também é pólo em educação e saúde. Temos várias faculdades privadas e uma pública, a Unemat – Universidade do Estado de Mato Grosso, com os cursos de Letras, Administração, Ciências Contábeis, Biologia, Agronomia e Enfermagem, cujos cursos atraem estudantes dos mais variados lugares do país, o que contribui ainda mais para o crescimento da cidade.
Nosso povo é hospitaleiro e diversificado; encontramos aqui nordestinos, mineiros, paranaenses e gaúchos, e para ajudá-los a preservar suas tradições e suas origens, temos o centro de tradições gaúcha (CTG) e nordestina (CTN), que atrai milhares de pessoas às festas promovidas durante o ano.
Mas, posso dizer que o que temos de mais belo em nosso município é o Salto das Nuvens, a famosa cachoeira do Rio Sepotuba que, de tão magnífica, chega a nos hipnotizar. Entretanto, esse patrimônio está sendo ameaçado pela construção de uma usina hidrelétrica, que ocasionaria a perda de mais de 40% de seu volume de água.
O caso tem gerado descontentamento e muita polêmica. A grande maioria da população é contrária ao projeto, argumentam que o Salto das Nuvens é o mais belo cartão postal da cidade, atraindo turistas do Brasil e do mundo. Outra parte é favorável, pois acreditam que com a construção da usina geraria emprego e renda, o que beneficiaria a população.
Em minha opinião, todos deveriam valorizar as riquezas naturais, cujo bem, de preço incalculável, além de que, esse atrativo de nossa região é o nosso maior orgulho, portanto, jamais concordaria, pois somente quem teve a oportunidade de contemplar tamanha maravilha, sabe quão boa e agradável é a sensação de escutar o som da água, presenciar a natureza e a sua combinação perfeita de flora e fauna, e descansar observando umas das mais belas obras da natureza.
O ideal seria que parassem de pensar apenas em lucro, e passassem a pensar no bem-estar da população e no bem-estar natural. Afinal, o que seria de Tangará da Serra sem o que há de mais belo? Nosso Salto das Nuvens e, com ele, o sorriso da população satisfeita e respeitada, mesmo porque merecemos esse respeito.