Crônicas
de Infância
Por Leykyane Alves Souza
Por Leykyane Alves Souza
Estava
eu, assim como todo final de tarde em meu computador olhando vídeos, cujos
vídeos extravasavam o que as pessoas tinham de melhor.
Comecei
vendo uma garotinha de 6 anos tocando um lindo piano Yamaha Preto, ela começa
lentamente a tocar uma canção muito conhecida . Seus dedos minuciosamente
deslizavam sobre as teclas, soltando um som invejável a qualquer pianista. De
repente ela começa a aumentar a velocidade, transformando-se em um cavalo de
corrida indomável e indócil; cada gesto se individualiza em seus dedinhos, e a
menininha que começou tão meiga e dócil, própria e natural, já havia se
transformado em uma das melhores pianistas do mundo.
Era como
se ao som da música, ao exibir as notas, tudo criava vida, se vertiam em prazer
a quem quer que ouvisse sua melodia.
Ela havia
tirado de dentro de si o que o que mais gostava de fazer, enquanto sua mãe
tentava acompanhar seus dedinhos, e muitas vezes nem conseguia pela agilidade
daqueles dedos. Seu rosto já não era o mesmo do começo do vídeo, estava um
pouco corado pelo ritmo alucinante .
A música
estava já firmada em um alicerce de sentimentos, quando de repente... Bum! Um
acorde perfeito, ligado por uma escala semi cromática... Encerrou-se a música!
A
garotinha olha para a câmera, dá um meigo sorriso e agradece gentilmente,
curvando a cabeça para baixo .
Eu, ainda um pouco hipnotizada e perplexa em
relembrar seus gestos únicos, levantei-me e saí do computador, imaginando-me no
lugar dela; não hesitei, sentei-me em minha banqueta ao meu simples órgão
Phinker e imediatamente comecei a dedilhar algo, mas, nada se parecido com a a
magnífica garotinha relampejando notas e soltando trovões
muito lindo esse texto!Leykyane excelente texto.
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