Adaptado por: Isadora Garcia 1o Ano A
Era
mais um dia como todos os outros, aliás, tudo já tinha virado rotina... Eu
tirando o fone de ouvido de minha filha para acordá-la, meu marido e seu
extenso jornal todo santo dia, minhas criançinhas por vezes desafinadas, e
também discussões com o cabeça dura do meu marido, para variar...
Minha
filha crescendo, arrumando namoradinho e eu ainda tentava entender o que
Cláudio tinha na cabeça, não entendia seus argumentos e nem o porquê de
estarmos naquela situação sempre.
Já
estávamos indo para a cama, quando de repente, lá vem: surge uma nova, ou até
velha, discussão. No
outro dia, amanheço diferente, me sinto mais pesada, e sentia também, como se
todos os pêlos de um cachorro estivessem se espalhado por meu liso e sexy
corpo, estranho... Isso foi quando comecei a me apalpar e perceber que aquele
não era realmente o meu corpo. Imaginem só como eu fiquei ao me olhar no
espelho e ver que eu estava com o corpo do brucutu do meu marido.
Ficamos
muito apavorados e por vezes tentamos reverter aquela situação, mas de nada
adiantava, eu ainda estava ali, no corpo horrível dele. Confesso também que
perdi toda a brutalidade do meu marido e parecia mais uma gazela saltitante. Não
poderia deixar de falar, do quanto me parecia complicado e impossível fazer
xixi de pé. Era muito para mim, não aguentava mais aquilo tudo, queria voltar
para o conforto do meu vaso sanitário e poder sentar-me nele, enquanto pensava
no meu dia-a-dia rotineiro. Eu só queria entender o que ele pensava e não o que
ele sentia, literalmente.
Queria
muito me deitar de novo e poder voltar ao normal, e, depois de uma semana foi
realmente isso que aconteceu. Engraçado que foi quando repetimos a mesma frase
dita antes de tudo isso acontecer...
Finalmente,
voltamos aos nossos corpos, e comecei a entender tudo o que ele passava, e com
o tempo passei a compreendê-lo mais. Enfim, só espero não ter que passar por
isso novamente.
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