Por: Heloíza Freitas – 1º Ano A
O lugar onde eu moro
tem ruas, esquinas, casas com pessoas, pessoas que brigam, cachorros que correm atrás dos carros. O lugar onde eu
vivo tem crianças nas ruas correndo atrás de bolas, pipas ou fugindo de seus pais
quando brigam. Essas crianças dobram as
esquinas e chegam à outra rua.
As ruas aqui são muito
diferentes umas das outras. É como se viajássemos para outro lugar. Vez por
outra, encontramos as mesmas pessoas em ruas diferentes e elas são as mesmas,
mas, diferentes. Se em uma rua elas têm problemas, noutra são felizes. O lugar
onde vivo também tem tiros, assaltos, pessoas nas ruas sem casas para morar, gente com fome, mas, aonde não tem?
Por isso, digo que o
lugar onde eu vivo é o lugar onde as pessoas pensam que eu vivo. Na verdade,
vivo escondida, protegida das pessoas com seus problemas, suas brigas.
Escondida, protejo-me dos choros das
crianças, de seus gemidos, da pobreza e também da riqueza de muitos que não
enxergam a pobreza.
O lugar onde eu vivo,
está dentro de mim. Minha imaginação que não quer ocultar as patologias
sociais.
Parabéns! Já é uma cronista! Você optou em aprender a escrever e conseguiu com seu empenho e dedicação. Admiro-lhe muito! És meu exemplo nas salas de aula.
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