Por Kamilla Rezende - 2º A Matutino
Devemos admitir que depois de
estudar e estressar-se com tarefas, provas e trabalhos merecemos uma recompensa
e falem sério! Existe algo melhor para um estudante, que as sonhadas e
merecidas férias?
Dormir até tarde, comer pizza, lasanha, jogar vídeo game, tomar tereré e tudo isso sem se preocupar com
o horário? Mas, por outro lado, é o momento que, coincidentemente toda a
família desfrutam do mesmo lazer e combinam de se reunir e se juntam, pai, mãe, avó, tia, primo, outra tia e mais
primos. Final de ano, todos se reúnem, os parentes vêm de longe, a casa fica
cheia, menos aconchegante e é a partir daí que tudo começa.
É nesse período que
ocorre as disputas de natação no Rio Sepotuba, é só reunir todos os primos que
a disputa começa, cada um querendo bancar o “César Cielo”. E a equipe técnica
logo é formada: Papai é o juiz, titio, o salva-vidas, mamãe a “mãe
Diná”, prevendo que isso não vai acabar bem. Ah! Quase esqueço a vovó, ela é a
única que nos dá um apoio moral.
E começa a disputa! Seu primo se
achando o maioral começa a nadar cada vez mais rápido, você nada, nada e se dá
conta que não saiu do lugar, quer coisa mais frustrante? Suas primas parecem
estar fazendo nado sincronizado, no mesmo ritmo lento, mas cheio de
estilo! Mamãe toda preocupada diz: “Filha, nada só no rasinho! Penso
comigo mesma, como vou nadar com a água batendo nas canelas?
No máximo, vou
estar parecendo uma baleia encalhada, e de quebra acabarei me afogando
.
E o primo? Coitado foi se exibir
e quase acabou descendo uma cachoeira, sem contar a
hipotermia que sofreu depois. E mamãe vem com seu discurso: Eu
avisei!
Já irritada, neste momento mamãe pega a vara
de pescar, e fico a me perguntar se ela vai me bater ou me fazer de isca.
De acordo com o ditado popular, dizem quem está nervoso deve ir pescar, pois é,
acho que é uma indireta para meus pais, mas. Ocorre que até os peixes estão
correndo de medo deles.
Cansada de tanta confusão, toda emocionada observando a
paisagem ao meu redor, resolvo pescar. Coloco a isca no anzol, parto para um
cantinho onde prevejo que estarei em paz, inicio a pescaria, de repente sinto
uma fisgada, fico ansiosa, penso entusiasmada, é dos grandes! Realmente... Era dos grandes, mas,
não era um peixe, era um galho de árvore. Me conformo, pois pelo menos desta vez não foi uma sacola
plástica, garrafa pet ou lata de cerveja, pois ultimamente, em vez de peixe são
essas espécies nada comestíveis que pescamos e encontramos nos rios.
Finalmente é hora de ir
embora! Recolhemos tudo e retornamos, chegando em casa e tomamos um susto ao
nos vermos no espelho, parecia que em vez de assarem o peru no natal assaram a
gente, todos exageradamente bronzeados, cheios de areia , cabelo “ Tchûnai”, e
com uma caixa acústica dentro do ouvido. A primeira coisa é enfrentar a fila do
banheiro e se fosse possível tomar banho com soda cáustica, vai saber o que seus
primos e toda aquela galera fez naquela água?
Depois de tudo isso, hora do “rango” e quem não
gosta daquela comida de domingo na casa da vovó? Se coração de mãe sempre cabe mais um, de avó
então, cabe mais cem! Fato comprovado, convidamos dez pessoas e aparecem vinte.
O almoço vira lanche da tarde, que vira janta, é tanta comida que ficamos três
dias comendo a mesma coisa para não desperdiçar nada. Mas, o
mais engraçado é ver seus tios bêbados dançando “lambadão cuiabano” ou até
mesmo "Gangnam style". Mas, enfim, são esses momentos engraçados e
preciosos em família que não poderiam faltar nas férias e que nos
dão um ânimo para voltar às aulas, cheio de novidades! Família, é e sempre será
a célula da sociedade! Já dizia Fernando Sabino em sua crônica.
Kamilinha, você é meu orgulho! Exemplo de dedicação aos estudos, força de vontade, a "menina dos meus olhos". Parabéns por mais esta belíssima crônica, você aprendeu a aprender, pode ser cronista de profissão meu anjo!
ResponderExcluirSucesso sempre é o que lhe desejo.
Prof. Maria Elena
Realmente muito bom! Estava pesquisando como escrever um post de blog e caí aqui nesse site. Me surpreendeu em demasiado a leveza e diversão de sua crônica. Adorei!
ResponderExcluir