quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Férias frustrada

                                
Por Maria de Paula Santos da Silva 2 Ano B  

  Aquela seria minha primeira experiência longe de casa,  as expectativas eram enormes, afinal, iria para a cidade grande, pertinho da praia, tinha tudo para ser um passeio maravilhoso. Lá chegando, fiquei deslumbrada com tantas novidades, mas, já no segundo dia comecei a sentir falta de algumas coisas, faltava-me algo, sentia saudade de seus carinhos, de seus conselhos, de sua doçura, por mais que às vezes discutíamos. Chegava a ser estranho, sentia muito sua falta, aos poucos, parecia que estava entrando em desespero. Aquele lugar começou a ficar horrível, e, de repente, senti-me como se estivesse num deserto, embora estivesse numa verdadeira selva de pedras.
 Minha angustia foi aumentando e tudo o que fazia parecia sem sentido, tentava fazer as mesmas coisas de antes, mas nada dava certo, minha autoestima sempre irrelevante, e a cada dia que passava minhas férias tornavam-se mais dramática, por mais que as pessoas me tratassem bem, nem mesmo o conforto da bela casa fazia-me sentir melhor, havia um vazio.
 Como se não bastasse, em meio à minha intensa ansiedade, recebo uma trágica notícia: Meu tio havia se acidentado! Meu desespero aumenta e definitivamente resolvo voltar para casa.
Meus tios se prepararam para ir visitá-lo e eu, mais que depressa, candidatei-me a acompanhá-los, já que seu estado era muito grave e, o mais óbvio e interessante para mim é que indo até ele, estaria a poucos quilômetros de minha casa, assim, optaria em ficar, em vez de voltar.
Felizmente meu tio melhorou e minha angústia estava chegando ao fim. Em instantes, minha alegria voltou e novamente começava a sentir-me segura e ao mesmo tempo livre. Dali mesmo retornei para casa e fui matando a saudade do meu quarto, da sala, da cozinha e, principalmente da pessoa que mais esperava ver, quando fui me aproximando, meu coração batia mais forte e rápido, minhas mãos  foram esfriando e suando ao mesmo tempo. Corri para seus braços, abracei-lhe bem forte, não queria mais soltá-la, pois, tive a impressão de que se eu a soltasse, meu mundo se desmoronaria novamente. Da tragédia, emergia a minha mais pura felicidade e segurança, por isso, declarei, verbalizei com todas as letras e com grande emoção: Mãe nunca mais quero ficar longe de você. Mamãe, eu te amo!

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